domingo, 27 de junho de 2010

Dia Mundial da Água 2010

Nascido em 1993 por iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), esta efeméride propõe todos os anos um tema diferente sobre o qual se realizam actividades que visam promover a consciencialização tanto da população com dos governos para problemas relacionados com os recursos hídricos.Os países em vias de desenvolvimento são este ano os mais visados, pois são também os que mais sofrem com a falta de água potável. Na sua mensagem oficial para este Dia, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, sublinha a ligação da preservação dos recursos hídricos com os objectivos das Nações Unidas.“A água é o elo que une todos os seres vivos do planeta e está ligada directamente aos objectivos das Nações Unidos: melhorar a saúde materna e das crianças, a esperança de vida, a emancipação das mulheres, o desenvolvimento sustentável, bem como a adaptação e a atenuação das mudanças climáticas”.



Ban Ki-moon, secretário-geral da ONUNo entanto, diz Ban Ki-moon, os recursos hídricos estão cada vez mais vulneráveis e ameaçados. Todos os dias e um pouco por todo o mundo “milhões de toneladas de esgotos sem tratamento e resíduos industriais são agrícolas despejados em sistemas de água”.

A água potável está, assim, a tornar-se cada dia mais escassa e com as mudanças climáticas a situação tende a piorar. “Os pobres continuam a ser os primeiros a sofrer com a poluição, a escassez de água e a falta de saneamento adequado”, afirma Ban Ki-moon.O tema deste ano vem sublinhar que tanto a qualidade como a quantidade dos recursos hídricos estão em risco. Mais pessoas morrem “devido à utilização de água não segura do que devidao às várias formas de violência, incluindo a guerra”.«Millennium Development Goals»Até 2015, a ONU integra o tema dos recursos hídricos nos seus Objectivos de Desenvolvimento do Milénio («Millennium Development Goals»), com várias metas a atingir até 2015.Pretende-se, assim, assegurar a sustentabilidade ambiental através da integração dos princípios de desenvolvimento sustentável nas políticas e nos programas de cada país, bem como inverter a tendência de perda de recursos ambientais e de biodiversidade.Pretende também reduzir para metade, até 2015, a proporção da população sem acesso a água potável e saneamento básico e reduzir para dois terços a mortalidade infantil e a incidência de doenças como a malária.

Tarifas de Água penalizam famílias mais numerosas

Os deputados socialistas apresentaram, na Assembleia Municipal de Almada, uma moção com vista à criação da tarifa familiar no consumo doméstico de água para não penalizar os agregados familiares maiores, como já sucede em vários concelhos do País. Mas a maioria comunista chumbou a proposta, decisão fortemente contestada pelo PS e pela Associação Portuguesa de Famílias Numerosas.

Segundo explicou ao DN o deputado municipal Ruben Raposo (PS), "a ideia é escalonar o preço da água em função do número de elementos que residem em cada habitação. O tarifário normal não tem em conta a dimensão das famílias numerosas, prejudicando os consumos mais elevados por residência".

Na sua opinião, "a política tarifária normal, actualmente praticada pelos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Almada, visa penalizar os consumos excessivos. Uma medida sensata, pois o desperdício deve ser combatido. Mas o facto de não considerar os agregados familiares para tarifar o consumo doméstico subverte por inteiro essa política e faz com que paguem mais não os cidadãos que esbanjam mas sobretudo as famílias mais numerosas".
"Tendo em conta que se considera, a nível internacional, como consumo normal de água por utente, 120 litros diários, obtém-se a média de 3600 litros mensais, ou seja, 3,6 metros cúbicos por mês [m3/mês]", referiu o deputado socialista.

E exemplificou com o caso de "uma família constituída por um casal e três filhos em que cada utente tenha esse consumo-padrão. O consumo será de 18 m3/mês, fazendo essa família pagar uma factura com in- cidência no 3.º escalão (mais de 15 m3), suportando um custo por metro cúbico 63% mais elevado do que um utente individual" (ver infografia).
Por isso mesmo, Ruben Raposo considera "imperioso que se corrija esta flagrante injustiça de as famílias continuarem a pagar a água tanto mais cara quanto maior for a dimensão do agregado".
"Encher a piscina da vivenda"

Sobre estas questões, o porta-voz dos deputados municipais da CDU, Sérgio Taipas, diz ser "importante perceber que a proposta de reduzir o preço da água em função da família tanto serve para pagar a água à família que tem dificuldades em pagar seja o que for como para encher a piscina da vivenda de quem pode pagar muito mais". E salienta que "a Câmara de Almada pratica há muito tempo uma política, essa sim, socialmente justa. Porque há muito tempo que aqueles que têm rendimentos menores - sejam famílias grandes ou pequenas - são isentos do pagamento de 50% da água, desde que tenham um rendimento per capita igual ou inferior ao salário mínimo nacional".

A moção apresentada pelo PS foi rejeitada por maioria, com 34 votos contra (de eleitos da CDU e do Bloco de Esquerda) e 17 votos a favor (de eleitos do PS e PSD).

in Diário de Notícias, 2006/14/21

Tarifas de Água de Consumidores Domésticos 2010

Com o inquérito realizado por nós para os nossos leitores, verificá-mos que a maior parte dos nossos leitores não tem conhecimento das diferentes tarifas de água existentes.
Sendo assim, decidimos colocar aqui as diferentes tarifas de água de consumidores domésticos por metro³.

1 m³: 0,50 €
2 m³: 0,53 €
3 m³: 0,56 €
4 m³: 0,59 €
5 m³: 0,62 €
6 m³: 0,67 €
7 m³: 0,72 €
8 m³: 0,77 €
9 m³: 0,82 €
10 m³: 0,87 €
11 m³: 0,95 €
12 m³: 1,03 €
13 m³: 1,11 €
14 m³: 1,19 €
15 m³: 1,27 €
16 m³: 1,38 €
17 m³: 1,49 €
18 m³: 1,60 €
19 m³: 1,71 €
20 m³: 1,82 €
21 m³: 1,93 €
22 m³: 2,04 €
23 a 30 m³: 2,10 €
31 a 40 m³: 2,20 €
41 a 50 m³: 2,30 €
51 a 100 m³: 2,40 €
+ de 100 m³: 2,80 €

sábado, 5 de junho de 2010

Escassez de àgua preocupa muitas regiões europeias

Apesar de em 2009 ter sido registada uma maior precipitação do que em anos anteriores nos países do Sul da Europa, ainda são necessários mais esforços para parar e inverter o processo de sobre exploração dos recursos hídricos limitados da Europa, segundo um relatório da Comissão Europeia sobre os progressos realizados pelos Estados-Membros em matéria de luta contra a escassez de água e as secas.

Sem uma política eficaz de tarificação da água, sem uma utilização racional e sem medidas de poupança deste recurso, a Europa terá dificuldades em garantir água de qualidade suficiente para satisfazer as necessidades dos consumidores e para enfrentar os desafios das alterações climáticas.
Para Janez, comissário europeu responsável pelo ambiente "A água é vida - pelo que a política da água é o nosso seguro de vida. O presente relatório sublinha a importância de integrar a política da água em objectivos políticos mais gerais a todos os níveis, quer ao nível da UE quer ao nível nacional. Acima de tudo, as nossas políticas da água devem ser sustentáveis: não nos podemos dar ao luxo de consumir a água destinada às gerações futuras."

Escassez de água – um problema europeu

O equilíbrio entre as necessidades de água e a sua disponibilidade alcançou um nível crítico em muitas regiões da Europa. A escassez de água e as secas tornaram-se um grande desafio, prevendo-se que as alterações climáticas agravem a situação.

Este novo relatório revela que alguns Estados-Membros começaram a sofrer de escassez permanente de água em todo o seu território. Há já vários anos que a Comissão exorta os Estados-Membros a considerar alternativas políticas como a tarificação da água, instrumentos melhorados de gestão da água e medidas de poupança e de utilização racional da água.

Reduzir o consumo de água dos produtos relacionados com o consumo de energia, como as torneiras, os chuveiros e as banheiras, também pode resultar numa redução de 20% das necessidades de aquecimento; por outro lado, modificando o tempo de duração dos duches, a frequência dos banhos e a utilização das torneiras, o consumo de água pode resultar em poupanças da ordem de 20 a 30%.

Retirar ainda maiores benefícios dos bio resíduos
A Comissão Europeia apresentou esta terça-feira as medidas destinadas a melhorar a gestão de bio-resíduos na UE e a explorar os seus significativos benefícios ambientais e económicos.
Os resíduos biodegradáveis de jardins, de cozinha e alimentares representam anualmente 88 milhões de toneladas de resíduos urbanos e exercem importantes impactos potenciais no ambiente. Mas são também consideravelmente promissores como fonte de energia renovável e de materiais reciclados.
O Comissário do Ambiente, Janez, afirmou: «Já dispomos de um considerável acervo legislativo em matéria de bio-resíduos na UE. Mas com uma melhor aplicação e controlo do cumprimento da legislação, podemos obter ainda mais benefícios dos bio-resíduos. Tal contribuirá não só para a luta contra as alterações climáticas: a produção de composto e de biogás de boa qualidade contribuirá para manter solos saudáveis e para retardar a perda de biodiversidade».

Bio-resíduos - um potencial inexplorado

A compostagem e a digestão anaeróbia constituem as opções ambientais e económicas mais promissoras para o tratamento dos bio-resíduos que não podem ser evitados. As abordagens mais promissoras incluem ainda a prevenção de bio-resíduos e o tratamento biológico com a produção de composto e biogás.

A principal ameaça ambiental dos bio-resíduos consiste na produção de metano, um gás com um potente efeito de estufa, 25 vezes superior ao do dióxido de carbono. Se o tratamento biológico dos resíduos fosse maximizado, o benefício mais visível e significativo seria o de evitar emissões de gases com efeito de estufa estimadas em cerca de 10 milhões de toneladas de equivalente de CO2 em 2020.

Cerca de um terço do objectivo da UE para 2020 em matéria de energias renováveis nos transportes poderia ser atingido utilizando biogás produzido a partir de bio resíduos, enquanto cerca de 2% do objectivo global de energias renováveis da UE poderia ser atingido se todos os bio-resíduos fossem transformados em energia.

A plena aplicação das políticas existentes, apoiadas por uma melhor gestão dos resíduos, permitiria obter benefícios ambientais e económicos estimados entre 1,5 e 7 mil milhões de euros, consoante a ambição das políticas de reciclagem e de prevenção.

in Jornal Nordeste, 2010/05/25

Gotas de Água

Ouro do Século XXI

Há muitos anos que não chovia tanto em Portugal. A água despejada das nuvens chega e sobra para toda a gente em todo o território nacional. Porém, amigos leitores, será que, futuramente, este bem precioso abundará? As estimativas são negras, pessimistas e inquietantes. A água, se o homem não souber utiliza-la, devidamente, escasseará, e porá em risco a sobrevivência do Planeta. Um alerta lançado recentemente pelas entidades mundiais da área em apreço, sobre a escassez e má utilização da água por pessoas e países, refere: " não faça com que de futuro a única água seja apenas as nossas lágrimas". Devemos introduzir uma reflexão profunda sobre esta frase e tomar as decisões acertadas sobre este grave problema. Na nossa opinião, as pessoas que desperdiçassem desnecessariamente recursos hídricos deveriam ser julgadas e punidas, pois só assim é que abririam os olhos para este grande e sério problema.

Apesar de na Carta Europeia da Água referida pelo Conselho Europeu, constar que "não há vida sem água", que "alterar a qualidade da água é prejudicar a vida do homem e dos outros seres vivos que dela dependem", que a "água e um património comum cujo valor deve ser reconhecido, universalmente, e que cada um tem o dever de a economizar e de a utilizar com cuidado" e que a "água não tem fronteiras, sendo um recurso comum que necessita de uma cooperação internacional", o cumprimento de tais regras passa ao lado da maioria das pessoas, Instituições e países. O Planeta sem água ficará repleto de calamidades, e o Homem deverá ter presente que a água doce é o ouro do século XXI, representando menos de 0,01 por cento do total da quantidade de toda a água existente na Terra. O tratamento das águas residuais passou a ter uma importância fundamental, já que os rios e os lagos servem de destino a enormes quantidades de lixos domésticos e industriais, modificando os ecossistemas ribeirinhos e impossibilitando a utilização dessas reservas de água para consumo humano. Por isso, caros leitores não estraguem, adulterem ou contaminem um bem precioso que pode faltar-lhe. É que, sem ele, a vida na Terra acaba.

Pense nisto. Obrigado.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Água: Um Bem Precioso

Desde 1992, a Organização das Nações Unidas (ONU), instituiu o dia 22 de março como o Dia Mundial da Água. O objetivo é prestar uma homenagem à água, que é de importância vital para nossa existência. É um dia para maior reflexão. A água é vida. É saúde. Ela é essencial. É o recurso natural mais importante às diversas atividades humanas, constituindo assim, um componente fundamental ao Meio Ambiente e à manutenção da Biodiversidade dos ecossistemas terrestres. Todos os anos durante a semana da água é discutido um tema, neste, o Tema é: Água para o desenvolvimento.

A água propositadamente dita, apresenta múltiplos usos como: no abastecimento doméstico, agrícola, industrial, piscicultura, pesca, navegação, recreação, irrigação, geração de energia, entre outras finalidades. A quantidade de água existente no mundo é finita, a disponibilidade vem diminuindo gradativamente. Esse fator se deve à degradação do meio ambiente, ao crescimento populacional desordenado e à expansão de fronteiras agrícolas devido ao mau uso desse recurso.O que tem ocasionado situações de escassez, gerando conflitos das mais variadas proporções.

Em todo o mundo, domina uma cultura de desperdício de água, pois ainda se acredita que ela é um recurso ilimitado. A água é cada vez mais um bem escasso no planeta, e notadamente um nosso país. Aqui para cada mil litros de água utilizados pelo homem, resultam dez mil litros de água poluída. As indústrias poluem os corpos d’água, quando neles lançam 70% de água não tratada. Nos rios brasileiros são lançados cerca de 10 bilhões de litros de esgoto bruto, e, desse volume, apenas 5% recebem algum tratamento anterior.

Dezoito pessoas morrem por minuto no mundo por falta de água ou em virtude do consumo de água contaminada. 80% das doenças existentes no mundo resultam da escassez ou poluição da água. A distribuição de água no planeta terra esta da seguinte forma: Água Salgada (97,3%), Água Doce (0,63%) e calotes polares (2,07%).

Muito se fala em falta de água e que num futuro próximo teremos um grande conflito em busca da água potável. O nosso país é privilegiado, aqui estão 12% de toda a água doce do planeta. O que representa 56% da América do Sul. Porém, da nossa 68% está na região Amazônica, onde lá existe apenas 7% da população brasileira; No centro Oeste, 16% com uma população de 6% e população de 43%. Na região Sul, 7% da água com cerca de 16%. Região Sudeste 6% da população. Na Região Nordeste 3% da água com uma população de 28%. No Brasil também se encontra o maior rio do mundo, o Amazonas, e o maior reservatório de água subterrânea do planeta, o sistema Aqüífero Guarani.

Os brasilienses também já sofrem com a falta de água, o surgimento de Condomínios irregulares provocou a escassez e a poluição em alguns pontos da cidade. O fato é verídico. Além dos desmatamentos, construções às margens dos lagos, ribeirões e córregos e outros danos ambientais.

O que você pode fazer para combater o desperdício de água; Verificar se há torneiras e chuveiros vazando em sua casa; não dê descargas prolongadas desnecessariamente; não utilizar mangueiras para “varrer” calçadas e quintais; fechar a torneira enquanto estiver escovando os dentes; sempre que possível, reutilize a água em sua casa; verifique se o relógio que mede o consumo de água de sua casa está em perfeito estado; não tome banhos demorados; não deixe o chuveiro aberto enquanto estiver se ensaboando; ao ensaboar as louças, mantenha a torneira fechada; regue o jardim à noite.

No dia 13 de junho do ano passado, entrou em vigor a nova Lei das Águas, a de número 2725, que esta mais ajustada às diretrizes da Política Nacional de Recursos Hídricos, representada pela Lei 9433 de 1997.

O artigo acima é parte integrante da revista Meio Ambiente no. 1
www.revistameioambiente.com.br

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Água: O Bem Essencial

Nações Unidas e o Dia Mundial da Água

As Nações Unidas, através da resolução A/RES/47/193, de 22 de Dezembro de 1992, declararam o dia 22 de Março de cada ano como o Dia Mundial da Água. Este dia tem sido marcado, desde 1993, com iniciativas várias nacionais e internacionais com o intuito de sensibilizar o público em geral para a necessidade de conservar os recursos hídricos e para algumas questões em particular, também relacionadas com a água.

A comemoração do Dia Mundial da Água de 2004 foi coordenado pela Estratégia Internacional da ONU para a Redução de Desastres e pela Organização Meteorológica Mundial, sobre o tema: “Água e Desastres”.

No nosso planeta há locais mais vulneráveis que outros a desastres naturais associados ao elemento água, como inundações e secas, deslizamentos de terra, avalanches e tempestades. Os efeitos destes desastres resultam não só das condições geológicas e meteorológicas locais (há solos menos produtivos, mais susceptíveis à erosão e degradação do que outros) como também do nível de desenvolvimento humano local (nomeadamente em termos de actividades económicas), sendo mais severos nos países em desenvolvimento. Tome-se o exemplo do ineficiente ordenamento do território, que permite o crescimento imobiliário irracional e a destruição de florestas e vegetação ripícola em zonas inundáveis, tendo conduzido ao aumento do número de pessoas afectadas pelas inundações.

Em 2001, as graves condições climatéricas que assolaram Portugal (precipitação intensa com consequente subida de águas), especialmente no norte e centro do país e no fim-de-semana de 26 a 28 de Janeiro, provocaram várias inundações e deslizamentos de terras com perdas de vidas humanas e avultados danos materiais avaliados em dezenas de milhões de contos, afectando não só terrenos agrícolas como também parques urbanos, infraestruturas imobiliárias e monumentais.

Por exemplo, só no distrito de Coimbra, o rio Mondego transbordou em muitos locais, incluindo na própria cidade de Coimbra, com consequente rebentamento de diques, morte de gado cavalar e bovino e isolamento de uma freguesia de Montemor-o-Velho, a Ereira. Vários agentes de autoridades como os fuzileiros da marinha e os bombeiros contribuíram na evacuação da população de várias povoações.

A ONU defende que os efeitos deste tipo de acontecimentos poderá ser minimizado envolvendo cidadãos, principalmente os de zonas sensíveis, em colaboração com a protecção civil e o instituto de meteorologia, entre outras instituições relacionadas, na elaboração de estratégias de gestão de desastres, incluindo os planos de evacuação. Estas estratégias deverão incorporar não só conhecimentos técnicos como também conhecimentos do fórum social e cultural.

É esta visão de prevenção envolvendo cidadãos e técnicos especializados, enfatizada na comemoração do Dia Mundial da Água de 2004, pela ONU, que se julga necessária e urgente estabelecer de forma a reduzir a vulnerabilidade das populações e a melhoria da sua participação activa nas medidas de redução dos efeitos de desastres naturais, através da sua adequada informação e preparação.

A ONU ainda vai mais longe, apontando como uma das principais causas do fracasso dos programas para abastecimento e saneamento de água potável em países como a Índia, o Quénia ou o Nepal é a falta de participação das populações. "Não é apenas uma questão de meios", admite Jan Pronk, presidente da Wash (agência especializada da ONU para a água) e ex-ministro holandês do Ambiente. É necessário envolver os cidadãos, informá-los de forma a que se deixe ter como resultado a "incompreensão absoluta entre o prestador [do trabalho] e o beneficiário e, finalmente, a recusa por parte da população de utilizar e pagar o serviço".

in Público, 2004/03/18

Quercus alerta para escassez de água

A Quercus alertou, a propósito do Dia Mundial da Água, que Portugal pode ser afectado pela falta de água num futuro próximo e que a má gestão das águas residuais pode vir a afectar a saúde pública. Já a APRH garante que a qualidade da água está a ser melhorada.Em declarações à TSF, o presidente da Quercus alertou que as medidas tomadas para alterar este cenário estão a pôr em causa a existência de água a médio prazo.

«À medida que a poluição vai alastrando», em vez de «prevenir a degradação da qualidade deste recurso», as entidades têm «apostado em procurar outras fontes de abastecimento», em locais «onde a poluição ainda não chegou, o que nos parece que a nível de sustentabilidade a médio e longo prazo não é uma boa estratégia», disse Hélder Spínola.

Para os ambientalistas, este cenário pode ainda deteorar-se com o agravamento da poluição, com os crescentes casos de seca e ainda devido a um tratamento inadequado das águas domésticas.

A Quercus alerta também que 50 por cento das águas residuais não estão a ser devidamente tratadas em Portugal o que, no limite, pode dar origem a cenários muito preocupantes para a saúde pública.

«Não quer dizer que esteja permanentemente em causa a saúde pública, porque por vezes esta poluição dispersa-se, mas nalgumas condições e momentos em particular, pode estar em causa a qualidade das zonas balneares e mesmo a saúde publica se atingirmos determinados níveis da poluição», adiantou Hélder Spínola.

A associação ambiental mostra-se ainda preocupada pelo facto de 97 por cento das águas residuais tratadas estarem a ser descarregadas no meio natural.

Para os ambientalistas, a falta de água é já um problema tão grave como as alterações climáticas.

A propósito do Dia Mundial da Água, também o Fundo Mundial para a Vida Selvagem alertou que alguns dos principais rios do mundo estão a secar.

Neste link pode ouvir as declarações de Hélder Spínola para a TSF:
http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=879111

in TSF, 2007/03/22

Catástrofe Ambiental

O Egito importa mais da metade de seus alimentos pois não tem a água necessária para sua produção local.

E o Mar de Aral, entre o Uzbequistão e o Cazaquistão, continua sendo um dos exemplos mais visíveis em que desvios enormes de água para a agricultura causaram escassez, segundo o relatório, além de uma catástrofe ambiental.

Fonte: BBC Brasil

"É possível reduzir a escassez de água, alimentar as pessoas e cuidar da questão da pobreza. Mas a questão mais importante é a ambiental. O povo e seus governos terão que tomar decisões sobre como gerenciar a água", disse o pesquisador David Molden, do IWMI, que liderou a avaliação.

O diretor-geral do instituto, Frank Rijsberman, disse à BBC que 25% da população mundial vive em bacias hidrográficas onde há escassez física de água. Um bilhão de pessoas vivem em bacias hidrográficas onde a água é economicamente escassa.

in Revista Portugaliza, 2007/07/03

Só Poupar Água Combate Escassez

A seca que atingiu Portugal em 2005, uma das maiores dos últimos 100 anos, deixou uma lição: para responder à escassez de água, que vai agravar-se com as alterações climáticas, não precisamos de multiplicar barragens, mas de gestão racional.

"Temos de ter preparados planos de contingência e os planos de bacia hidrográfica em preparação contribuirão para dar resposta com a identificação de fontes alternativas, como captações subterrâneas de emergência, como se fez em 2005", disse ao JN o ex-ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia.

Considerado um dos maiores especialistas em gestão de recursos hídricos, Nunes Correia, catedrático do Instituto Superior Técnico, é um dos oradores do Simpósio Internacional sobre Respostas à Escassez de Água e à Seca ao Nível das Bacias Hidrográficas sob Futuros Climáticos Incertos, que decorre amanhã e depois em Mirandela.

Organizado pela Sociedade Portuguesa de Simulação Ambiental e Avaliação de Riscos (Sopsar) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), o simpósio conta com a participação de uma centena de especialistas (académicos e gestores) e de utilizadores de água (autarquias, agricultura, indústria e energia, nomeadamente), reflectindo os múltiplos interesses em jogo.

Nunes Correia prevê "uma agudização dos conflitos e dos problemas, porque, justifica, os regimes hidrológicos vão tornar-se mais irregulares", devido às alterações climáticas. "A precipitação média tende a diminuir, mas teremos anos muito húmidos com grandes cheias, a que se seguirão anos de seca", explica, notando tratar-se de "problemas que vão tornar-se mais frequentes".

Embora "típica" do sul da Europa, a seca já é um problema à escala europeia. Os prejuízos dos últimos 30 anos ascendem a 100 mil milhões de euros e só a seca de 2003 causou 8700 milhões de euros, afectando 130 milhões de habitantes, um terço da população europeia.

Na comunicação de amanhã, Nunes Correia falará da experiência da seca de 2005, crise gerida por uma comissão interministerial por si presidida, que mobilizou todos os interessados e permitiu gerir as escassas disponibilidades para satisfazer necessidades de sectores importantes como o turismo e a agricultura, sem prejudicar as populações, garante.

No Algarve, por exemplo, foi possível satisfazer as necessidades do turismo e assegurar o regadio dos pomares de citrinos, de modo a garantir que as árvores não morressem, embora se prejudicasse a produção. Recurso a captações subterrâneas com abertura de furos de emergência, restrições nas captações para rega e recurso a camiões-cisterna para abastecimento a povoações foram algumas medidas do plano de contingência.

O plano beneficiou das barragens entretanto construídas no interior e Nunes Correia assegura que sem elas teria sido pior. As novas, em plano, "darão uma tranquilidade acrescida". Porém, a resposta à escassez "não passa tanto por se fazerem mais e mais barragens, mas por se usar melhor as que temos", diz.


in Jornal de Notícias, 2010/05/06

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A falta de água em África

A escassez de água é uma realidade em todo o mundo, principalmente no centro-norte do continente africano.

A falta de água ocorre porque a quantidade das reservas (que eventualmente chegam ao fim) acaba. Para isso contribuem vários factores, como a constante e elevada procura na actualidade - pois a densidade populacional tem aumentado. Hoje, a oferta anual de água por pessoa é de 6.800 m³, enquanto que na década de 1950 a quantidade era de 16.800 m³.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), as Nações que disponibilizam até 1,7 mil m³ de água por pessoa anualmente, encontram-se em situação de “stress hídrico”. Já os países que não conseguem disponibilizar uma quantidade maior que 1000 m³, vivem numa situação chamada de “grave penúria de água”.



No continente africano são vários os países que se enquadram numa das condições apresentadas, especialmente na parte centro-norte, onde o clima predominante é o árido e o semi-árido. Apesar dos países localizados ao sul do continente possuírem maiores reservas de água em relação ao norte, estes também apresentam "stress hídrico".

A região de maior concentração hídrica do continente africano está localizada no centro-oeste. Países como a República Democrática do Congo, República Centro Africana e Camarões possuem reservas em quantidade satisfatória.

O relatório emitido pelo Painel Intergovernamental Sobre Mudança Climática prevê que por volta de 2020 haverá de 75 a 250 milhões de pessoas em África sem acesso a água potável.

Escassez de Recursos Hídricos

Como aproveitar água

Cada um de nós pode fazer a diferença no mundo, poupar água e até dinheiro, e não custa nada!
Abaixo apresentamos algumas medidas que podem ser tomadas para um melhor aproveitamento da água:

  • Quando tomar banho, prefira o duche ao banho de imersão e não demore mais de 10 minutos.
  • Enquanto se ensaboa, desligue a água.
  • Se tiver que esperar pela água quente no duche, encha a água num alguidar ou balde, para depois ser utilizada para regar as plantas, por exemplo.
  • Cada descarga do autoclismo contém entre 10 a 15L de água. Ao colocar uma simples garrafa de água no interior, esse consumo é diminuído até cerca de 30%.
  • Em épocas quentes, desligue sempre fontes ou repuxos que possua no quintal. Essa água pode ser melhor aproveitada.
  • Repare sempre se tem as torneiras fechadas ou se estão a pingar. Uma torneira a pingar durante uma noite pode gastar cerca de 5L.
  • Ao regar o jardim, prefira fazê-lo de manhã ou ao final da tarde, quando a taxa de evaporação é mais baixa. Se possível, utilize um sistema de rega automática em vez de regar manualmente.
  • Guarde o óleo usado numa garrafa, e deite-o no lixo normal, em vez de despejar pelo cano abaixo.
  • Quando tiver que lavar o carro, utilize um balde e um pano e não a mangueira. A diferença de água usada é abismal.
  • Recicle! A produção de produtos reciclados requer muito menos água do que produção de produtos virgens!

Ajude a mudar o mundo!