A Quercus alertou, a propósito do Dia Mundial da Água, que Portugal pode ser afectado pela falta de água num futuro próximo e que a má gestão das águas residuais pode vir a afectar a saúde pública. Já a APRH garante que a qualidade da água está a ser melhorada.Em declarações à TSF, o presidente da Quercus alertou que as medidas tomadas para alterar este cenário estão a pôr em causa a existência de água a médio prazo.
«À medida que a poluição vai alastrando», em vez de «prevenir a degradação da qualidade deste recurso», as entidades têm «apostado em procurar outras fontes de abastecimento», em locais «onde a poluição ainda não chegou, o que nos parece que a nível de sustentabilidade a médio e longo prazo não é uma boa estratégia», disse Hélder Spínola.
Para os ambientalistas, este cenário pode ainda deteorar-se com o agravamento da poluição, com os crescentes casos de seca e ainda devido a um tratamento inadequado das águas domésticas.
A Quercus alerta também que 50 por cento das águas residuais não estão a ser devidamente tratadas em Portugal o que, no limite, pode dar origem a cenários muito preocupantes para a saúde pública.
«Não quer dizer que esteja permanentemente em causa a saúde pública, porque por vezes esta poluição dispersa-se, mas nalgumas condições e momentos em particular, pode estar em causa a qualidade das zonas balneares e mesmo a saúde publica se atingirmos determinados níveis da poluição», adiantou Hélder Spínola.
A associação ambiental mostra-se ainda preocupada pelo facto de 97 por cento das águas residuais tratadas estarem a ser descarregadas no meio natural.
Para os ambientalistas, a falta de água é já um problema tão grave como as alterações climáticas.
A propósito do Dia Mundial da Água, também o Fundo Mundial para a Vida Selvagem alertou que alguns dos principais rios do mundo estão a secar.
Neste link pode ouvir as declarações de Hélder Spínola para a TSF:
http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=879111
in TSF, 2007/03/22
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